terça-feira, 10 de junho de 2014

Da morte para vida..


A fila já vai grande às 19h50. Algumas centenas de jovens, a maioria aparentando vinte e poucos anos, vão se amontoando em frente aos portões fechados do principal auditório da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Eles falam alto. Uns conversam em inglês. “I miss you so much!”. Quem tem pulseirinha de acesso restrito não precisa esperar a abertura oficial. Convencemos o atarefado estafe a liberar nossa entrada.
No lado de dentro a banda passa o som. Tira grave, sobe agudo, ei, som, ei, som. “Alguém quer alguma coisa?”, grita o técnico de áudio de cima do seu poleiro. “Quero um café!”, brinca Rodolfo Abrantes. Ele está no centro do palco empunhando a guitarra. Ao seu redor, sua banda, cortinas vermelhas, cem lâmpadas em forma de velas e três pessoas orando num canto.
“A gente vai fazer uma parte da adoração, é uma parte do culto”, explica Rodolfo. Ele é um missionário, alguém que, segundo as tradições evangélicas, passa a mensagem de Deus. “A carta não é a minha, eu sou o carteiro”, diz. Aos 41 anos, ele recusa o título de artista que carregou até 2001, ano em que deixou os Raimundos
“Eu vim de uma cidade projetada, minha família toda tem médicos, era tudo planejado; e eu não queria aquilo pra mim”, conta. Rebento da segunda geração roqueira do Distrito Federal, o moleque Rodolfo viu na música a chance de sair do plano piloto a ele imposto. Ao lado de Digão, fundou os Raimundos em 1987 e em 1994, rumava ao sucesso com o primeiro álbum.
“Minha saúde destruída, perdendo peso, cheio de caroço espalhado pelo corpo: eu me sentia morrendo”
Em pouco tempo ele deixou de ser fã de rockstars para se tornar um deles. Rodava o Brasil na rotina avião-hotel-palco-hotel-avião. Ao lado de bandas como Planet Hemp e Charlie Brown Jr, os Raimundos tocaram o último acorde do rock brasileiro de grandes proporções. Lotavam casas de show, vendiam quilos de CDs e arrepiavam os ouvidos mais carolas com a mistura de riffs velozes e distorcidos, vocabulário calango e histórias de sexo oral, escatologia, erva e outras peculiaridades.
O sucesso aumentava e Rodolfo ficava cada vez mais junkie. Maconha era mato. “Eu fumava um e já estava pensando no próximo, cheguei a cheirar e tomava ácido pra caramba”, conta. Para ele, o ápice da fama coincidiu com o fundo do poço. “Minha saúde destruída, perdendo peso, cheio de caroço espalhado pelo corpo: eu me sentia morrendo”.
Rodolfo decidiu que daria fim àquilo logo após a gravação do aclamado álbum MTV Ao Vivo, em junho de 2001. Ele se convertera no começo daquele ano, motivado, num primeiro momento, por Alexandra (então namorada e atual esposa). “Nosso relacionamento estava indo por água abaixo”. A convite dela, evangelistas da periferia de São Paulo foram à sua casa. Anos depois de entrar num puteiro em João Pessoa, o músico encontrava seu Deus. 

Homem de fases

Rodolfo conta sua história e sua crença com precisão litúrgica. Embora sempre leia a Bíblia, não menciona passagens com proselitismo pastoreiro. Fala de forma complacente. Sua prosódia em nada lembra os pregadores ufanistas, mas tampouco resgata a língua frenética de músicas como "Nêga Jurema", em que cuspia duzentas e três palavras em apenas dois minutos.
“Eu tenho 100% de arrependimento”, diz ele sobre suas letras na época dos Raimundos. As dezenas de composições feitas durante esse tempo garantem parte de seu orçamento por meio dos direitos autorais, mas ele não toca mais nenhuma dessas músicas. Atualmente, a maior parte das suas contas é paga pelos seus álbuns de cunho evangélico, assinados com a sigla RABT, e pelas apresentações que faz pelo país. Nesse caso, o pagamento vem como oferta - uma das formas de remuneração instituídas na Bíblia, segundo ele. “Eu saio da minha casa e posso não receber nada”, afirma. 

“Eu tenho 100% de arrependimento” [sobre as letras da época do Raimundos]

Assim como não enxerga verdade em alguns pastores - “tem pilantra se passando por pastor” -, Rodolfo também não acredita no endinheirado mercado gospel. “Eu não consigo ver Jesus nesse tipo de show porque o povo está aplaudindo o cara que está tocando, e a adoração não serve pra ninguém me aplaudir”, diz ele em meio ao barulho que antecede o culto.
“Dia histórico”, “Tua casa, senhor”, “Te sentimos aqui”. Muitas palavras de ordem e muitas palmas. Já passa das 21h quando os jovens do grupo Dunamis Pockets se reúnem como numa concentração pré-jogo de futebol. Um dos líderes da organização, Felippe Borges, puxa o coro em voz alta em meio a frases desencontradas. Rodolfo mantem a voz baixa, talvez porque vá precisar dela dali a pouco.
Ao sair da coxia, Felippe invade o palco entoando a pregação como se fosse dono de uma startup também repleta de fieis. Às vezes, ele rima “man” com “amém”. Sua voz se mistura a um estridente exemplar da febre EDM, trilha para os dizeres de amor, paz e união que se revezam com imagens de skatistas no telão. 
Sem pompa, Rodolfo toma seu lugar ao centro. Ele é mais um entre aquelas lâmpadas incandescentes em forma de vela e sob um holofote de vários lúmens. Sua apresentação sobrepõe o misancene imposto, mas não atrai os olhares da plateia: a maioria das pessoas está de olhos fechados e pouquíssimos celulares estão em mãos.

“Eu não consigo ver Jesus nesse tipo de show [gospel] porque o povo está aplaudindo o cara que está tocando e a adoração não serve pra ninguém me aplaudir”

O missionário Rodolfo sabe que o culto se estende até a meia-noite. Depois, ele grava em um estúdio de São Paulo. A poucos quilômetros dali, em Ribeirão Preto, o restante dos Raimundos tocaria no dia seguinte como parte do festival João Rock. Rodolfo não conversa com os companheiros de estrada de outrora, assim como não conhece a agenda da sua antiga banda.
Nesse mesmo dia, ele teria de se apresentar como parte de um culto em Campina Grande. Rodolfo mora em Balneário Camboriú e, quando dá tempo, surfa na praia logo em frente a sua casa. Cair na água é um dos poucos hábitos que mantem desde a adolescência. Mas sua prioridade é sua missão terrena. Ele não acha que corre o risco de ter uma overdose. Afinal, Deus é veneno? “Não, porque ele não é desse mundo.”
Querido visitante deste blog, antes da graça de Deus ter me encontrado eu estava como este homem o Rodolfo ex. Raimundos morto espiritualmente falando.
Nunca cheguei a usa drogas alguma, como o Rodolfo usou mas mesmo assim eu estava morto. E é assim que se encontra todos os seres humanos antes de ser convertido pelo Senhor, todos os homens a quem a graça ainda não tocou está morto espiritualmente.
Lendo está matéria que saiu no site da Uol me fez escrever está reflexão.
Da morte para vida.
O apóstolo Paulo diz assim em Efésios capítulo 2. "Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados".
É interessante essas palavras do apóstolo Paulo aqui por que dos versos 1-3 Paulo fala como é a "vida" daquele que ainda não tem Jesus, daquele cuja a graça a Regeneração que é feita pelo Espírito Santo ainda não atuou.
Eu citei ai a palavra Regeneração. Então me permite explicar o que é Regeneração: Regeneração é a mudança forjada no coração do homem pelo Espírito Santo em que a sua própria natureza pecaminosa é alterada para que o Homem possa responder a fé em Deus e viver de acordo com a Sua vontade. Ela se estende a toda natureza do homem, alterando a disposição de seu coração, iluminando a sua mente, libertando a sua vontade e renovando a sua natureza. Isso é Regeneração.
Se continuarmos lendo o texto de Efésios capítulo 2 vamos ver que é exatamente isso que Paulo vai falar nos versos 4 e 5 mas no verso 5 de efésios cap. 2 Paulo diz: "e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, pela graça sois salvos,..."
Ai está a regeneração que o Espírito Santo faz em nós... Então a regeneração é o novo nascimento do Homem.
A palavra vida dita por Paulo "nos deu vida" não é a palavra grega "Bios" que nós conhecemos como vida biológica, daí vem a palavra Biologia que é o estudo da vida.
A palavra vida dita por Paulo no verso 5 de efésios cap. 2 é a palavra grega "Zoe" que significa vida eterna(vida espiritual). Então Paulo aqui fala do tempo que a regeneração ocorre. Ou seja, ela ocorreu, quando estávamos ainda mortos. isso significa que a iniciativa da regeneração não parte do Homem e sim de Deus. Por que isso? Por que homens mortos não cooperam com a graça. A menos que a regeneração ocorra primeiro,  não há possibilidade de fé. 
Isso significa que Deus primeiro nos regenera e depois nos da à fé. Foi isso que Deus fez na minha vida, na vida do Rodolfo ex. Raimundo e na vida de todos aqueles que foram realmente convertidos por Cristo.
veja o que o apóstolo Pedro disse: "Bendito o Deus e Pai de nosso SENHOR JESUS CRISTO, que segundo a sua muita misericórdia nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de Deus mediante a fé, para a salvação preparada para revelar se no último tempo" (1 Pedro 1. 3-5)
Ou seja, a regeneração consiste na implantação de um novo princípio de vida. Ou seja, é o novo nascimento do homem de que falou Jesus em sua conversa com Nicodemos.
Em João 3.3 "A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus".
Veja que nas palavras de Jesus Regeneração é nascer de Novo.
Deus fez isso na vida deste Homem Rodolfo ex. Raimundo!! Ele foi regenerado, ele nasceu de Novo.
Ele passou da morte para vida. 
WILSON PLAZA.

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